Homem que matou garota de programa estava de ‘saidinha temporária’; mulher foi enterrada em Limeira, SP

O homem de 36 anos que foi preso, na sexta-feira (15), suspeito de ter roubado e assassinado a garota de programa Jéssica Cristina, em São João da Boa Vista (SP), estava em ‘saidinha temporária’ de Páscoa.

Ele estava em liberdade desde a terça-feira (12) e iria retornar à prisão na segunda (18). Rafael Ferraz Fuzetti cumpria pena no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Hortolândia, após ser condenado por tráfico de drogas em 2022.

Em fevereiro deste ano, a Justiça concedeu a ele a progressão ao regime semiaberto e, a partir disso, ele começou a usufruir do benefício da saída temporária para passar algumas datas com os familiares.

Além de condenações por tráfico de drogas em 2021 e 2022, Fuzetti também já foi condenado por furto qualificado. Imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar o criminoso.

Segundo o delegado Jorge Mazzi, responsável pela investigação, em outras imagens é possível ver ele entrando e saindo da residência de forma tranquila. “Tudo indica que ele era um cliente, marcou o horário, foi lá para ser atendido e aí ocorreu o latrocínio. Ele apresenta no rosto uns arranhados, como se fosse uma lesão de defesa da vítima”, disse Mazzi.

Ainda segundo o delegado, no local, o ele teria se desentendido com Jéssica e a matou para roubar o celular dela. Após o crime, ele vendeu o celular para outro homem, que foi localizado e o apontou para a polícia.

Depois disso, os policiais encontraram Fuzetti em uma casa abandonada no bairro Santo Antônio. Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele confessou parcialmente o crime, mas disse que não a matou.

Jéssica Cristina foi encontrada morta, na quinta-feira (14), pela funcionária de um pet shop que prestava serviços ao cachorro da vítima. Ela acionou a Polícia Militar e contou que, por volta das 14h, havia levado a cachorrinha da vítima para o banho e tosa.

Depois, por volta das 16h, ela foi até a residência para devolver a cachorra e chamou Jéssica por diversas vezes. Como ninguém atendeu a porta, ela abriu o portão da garagem e colocou a cachorrinha para dentro e foi embora.

Entretanto, a mulher disse à polícia que ficou preocupada e, por ser uma situação anormal, voltou até a casa de Jéssica por volta das 19h20. Como a cachorrinha estava da mesma forma que ela havia deixado, ela resolveu entrar na casa e encontrou Jéssica caída no chão de um dos quartos, com o rosto sangrando.

Ela chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi até o local, mas apenas constatou o óbito da mulher. A causa da morte foi traumatismo craniano, segundo a médica legista. Ela não tinha sinais de violência sexual. O corpo de Jéssica foi sepultado neste sábado (16), em Limeira (SP).

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