Testemunhas informaram à Polícia Civil que o autor possuía tatuagem no pescoço e havia se dirigido até o motorista de aplicativo e disparado duas vezes contra ele.

O homem que foi preso após matar motorista de aplicativo estava escondido em uma casa no Jardim Belvedere, em Araras (SP). Ele foi preso no final da noite desta segunda-feira (20) pelos investigadores da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira (SP).
Segundo a Polícia Civil, foram colhidos vídeos de monitoramentos das imediações onde ocorreu o crime, os quais mostravam a ação de um homem que desce de um veículo Honda Civic, de cor prata, e que vai até o local dos fatos. Testemunhas informaram à Polícia Civil que o autor possuía tatuagem no pescoço e havia se dirigido até o motorista de aplicativo e disparado duas vezes contra ele.
Os policiais identificaram a placa do veículo e que logo após o crime o executor corre até o veículo dele e deixa o local. Os policiais identificaram ainda que o filho da vítima, um rapaz de 20 anos, havia se acidentado no último sábado (18), ocasião que estava dirigindo um Fiat/Doblò quando colidiu contra uma motocicleta Honda XRE conduzida por um jovem que acionou o pai dele até o local, tendo a vítima também comparecido a pedido do filho.
Naquela ocasião o motorista de aplicativo de 50 anos foi ameaçado pelo pai do jovem que conduzia a motocicleta. O filho dele compareceu até a delegacia e reconheceu através de fotografia o possível suspeito da execução de seu pai. Os policiais receberam informações de pessoas que não quiseram se identificar com medo de represálias, já que o executor possui histórico de envolvimentos em outros homicídios. As informações apontavam que o executor havia fugido e que estava em uma residência na Rua São Paulo.
Os policiais foram até o local, onde realizaram campana e perceberam movimentação no interior da casa, sendo possível ver luzes acendendo e também uma pessoa no interior da casa. Os policiais conseguiram prender o homem de 45 anos que estava com as mesmas vestes do momento do crime e não ofereceu resistência durante a detenção.
Ele admitiu o ocorrido aos policiais afirmando ter dado dois disparos contra a vítima, porém disse que quem estava armado era o motorista de aplicativo e que teria tomado a arma das mãos de Márcio e disparado contra ele, fato que os policiais não acreditaram. Disse ainda que o veículo Honda Civic utilizado no crime havia sido deixado em um escritório de advocacia no Bairro Egisto Ragazzo e que o advogado teria o levado para Araras, onde ficou no imóvel.
No imóvel os policiais encontraram dois chips de celulares adquiridos recentemente e dois celulares, indicando, segundo os policiais, que o autor tinha intenção de realizar a troca de terminais móveis dos aparelhos celulares para dificultar possíveis investigações. Ele foi conduzido até a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde foi preso em flagrante por homicídio. O veículo Honda/Civic foi encontrado no escritório e apreendido. A arma do crime não foi encontrada.
