Segundo a denúncia, clínicas de reabilitação de Minas Gerais e São Paulo desviavam verba que deveria subsidiar tratamentos. Mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos nesta sexta.

Uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e da Polícia Militar prendeu cinco pessoas na manhã desta sexta-feira (23) em Limeira (SP). Dentre os alvo da ação, que ocorre em quatro cidades mineiras e paulistas, está uma clínica de reabilitação de Limeira que participaria de um esquema de desvio de verba na área da saúde.
Segundo a denúncia, clínicas de reabilitação do estado de Minas Gerais e São Paulo estavam recebendo verba para subsidiar os tratamentos, mas o dinheiro estava sendo desviado.
Foram quatro mandados de prisão preventiva cumpridos em Limeira, além de uma prisão em flagrante por posse de arma. Os presos foram levados até a Central de Polícia Judiciária (CPJ).
Foram presos integrantes do núcleo central da quadrilha. O suspeito preso em flagrante era investigado pela operação e foi encontrado em um dos endereços com uma arma de fogo não registrada e R$ 10 mil.
Os quatro presos que tinham mandado continuaram presos e passarão por audiência de custódia neste sábado (25). O suspeito preso em flagrante por posse de arma pagou fiança e foi liberado.
Além das prisões, os promotores e policiais também cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e no Estado de São Paulo, nas cidades de Alfenas (MG), Fama (MG), Limeira (SP) e Ubatuba (SP), no litoral norte.
A promotoria identificou uma movimentação de, pelo menos, R$ 17 milhões nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, a Justiça também autorizou a apreensão de R$ 15 milhões em bens, como imóveis, carros, motos, lanchas e outras embarcações utilizadas pelo grupo criminoso.
A quebra dos sigilos bancário e fiscal de todos os alvos da operação também foi determinada. Todo o material apreendido foi enviado para a análise.
Operação resgate
A Operação Resgate foi realizada pelo Ministério Público de Alfenas, no sul de Minas, com o apoio das Polícias Civil e Militar dos dois estados.
O MP mineiro investiga os crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro relacionados ao desvio de verbas da saúde pública. Pelo menos 15 pessoas estão na mira dos promotores, além de empresas e organizações da sociedade civil.
De acordo com o órgão, a suspeita é que o esquema criminoso funcione com a utilização de pessoas como “laranjas” e também com o uso de empresas para fazer o desvio de recursos e ocultar os verdadeiros beneficiários dos crimes.
