Feminicídio seria o segundo do investigado, que cumpre pena por ter matado a namorada cinco anos antes, também no Natal.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) recebeu a denúncia do Ministério Público (MPSP) e decretou nesta quarta-feira (26) a prisão preventiva de Leandro Lustoza dos Santo, suspeito de matar a cozinheira Renata da Silva Teles no quarto de um hotel, em Campinas (SP), no Natal de 2023.
O crime seria o segundo do investigado, que foi condenado por matar a namorada em 2018. Agora o homem deve responder pelo novo crime com os agravantes de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além do roubo do celular dela.
O homem cumpria a pena de 12 anos pelo feminicídio anterior e, em agosto de 2023, conseguiu progressão ao semiaberto. Em seguida, obteve o direito ao benefício da saída temporada. Ainda de acordo com o MPSP, ele estava em “saidinha” quando conheceu Renata em um bar.
Ele levou a vítima para um hotel na tarde de 24 de dezembro e deixou o local na madrugada do dia seguinte, alegando que iria comprar fralda. O corpo dela foi encontrado depois que a diária foi encerrada, quando funcionários entraram no quarto.
Dias após o crime, Leandro se apresentou de volta ao presídio e confessou o novo assassinato. Ele foi indiciado por homicídio e, por isso, regrediu do regime semiaberto para o fechado. Segundo a Polícia Civil, à época ele alegou não se lembrava como tudo ocorreu.
Atualmente, o investigado permanece preso por conta do crime anterior. O Tribunal de Justiça destaca que, com o decreto da prisão preventiva pelo crime contra Renata, em tese, fica prejudicada a concessão de benefícios, como a progressão de pena.
