Preço da carne dispara e deixa churrasco mais caro

Consumidor reclama do aumento e especialistas debatem as causas e soluções para a alta no valor das carnes em 2025.

O ararense Rodrigo, sentiu no bolso o impacto do aumento no preço da carne. Acostumado a fazer churrascos nos fins de semana, ele tem tido dificuldades para manter a tradição. “Antes eu comprava acém e patinho e até picanha sem pensar duas vezes, mas agora está tudo muito caro. O governo não faz nada para ajudar quem é pobre. Só fica mais difícil viver assim”, desabafa.

Churrasco da família do Rodrigo nos finais de semana

De acordo com dados do IBGE, o preço da carne bovina subiu 20,84% em 2024, a maior alta dos últimos cinco anos. Cortes populares como acém (25,2%), patinho (24%) e contrafilé (20%) foram os que mais aumentaram. Esse crescimento foi um dos principais responsáveis pela inflação dos alimentos no ano passado, que avançou 7,69%.

Por que a carne está tão cara?

O economista Renato Silva explica que o aumento é resultado de uma combinação de fatores. “O ciclo da pecuária está em um momento de baixa oferta, já que nos últimos dois anos houve muitos abates. Além disso, a seca e as queimadas prejudicaram os pastos, o que elevou os custos de produção. Também não podemos esquecer que o Brasil bateu recordes de exportação de carne, o que reduz a quantidade disponível no mercado interno”, destaca.

Silva acredita que a situação pode demorar a melhorar. “É provável que o preço continue alto em 2025 e até 2026, já que a reposição do rebanho leva tempo.”

A economista Ana Pereira, especialista em políticas públicas, defende que o governo tem feito o possível para aliviar a situação. “O aumento do salário mínimo e a redução do desemprego ajudaram muitas famílias a terem mais renda para comprar carne. O governo também tem investido em políticas para melhorar a produção agrícola, mas isso leva tempo para gerar impacto”, argumenta.

Já o analista de mercado Carlos Mendes, crítico das políticas atuais, vê a situação de outra forma. “O governo prioriza as exportações para aumentar a arrecadação e esquece do mercado interno. Enquanto isso, o pobre paga caro no mercado e vê o churrasco virar luxo. Falta planejamento para garantir que o brasileiro tenha acesso a um preço justo”, dispara.

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