A Prefeitura informou, em nota, que o contrato emergencial prevê 20 dias de adaptação para a empresa. Passado esse prazo, a Salusmed deverá garantir o tratamento dentro da cidade, conforme previsto.

O novo impasse envolvendo o atendimento de pacientes conveniados em Araras (SP) expôs contradições nas falas da empresa Salusmed, atual gestora do convênio dos servidores municipais. Enquanto o advogado da empresa, Leonardo De Angelis, alega que a Salusmed “assumiu o contrato oito dias antes do início do prazo” e pede tempo de 20 dias para adaptação, o fato é que a empresa participa da disputa pela prestação do serviço desde julho deste ano, ou seja, há três meses.
Durante entrevista à EPTV, ele afirmou que a Salusmed tentou manter os tratamentos de hemodiálise em Araras e procurou a Santa Casa, único hospital da cidade com estrutura para esse tipo de atendimento: “Assim que assumimos o contrato, procuramos a Santa Casa de Araras para garantir que as sessões de hemodiálise continuassem na cidade”, disse.
Porém, segundo o advogado, a Santa Casa teria “se negado a firmar parceria” alegando motivos políticos e comerciais. A instituição, no entanto, rebate firmemente essa versão.
Em nota, a Santa Casa esclareceu que é referência em atendimento hospitalar há décadas e que o convênio São Luiz, provedor do hospital, sempre ofereceu assistência de qualidade aos pacientes.
A instituição destacou ainda que a Salusmed, ao assumir o contrato, se comprometeu a garantir a cobertura completa dos serviços com sua própria rede credenciada — o que, segundo a Santa Casa, dispensaria qualquer novo acordo local. “A Salusmed assumiu o compromisso de atender os servidores quando fechou o contrato e informou ter ampla cobertura hospitalar. Por isso, não temos interesse em firmar parceria”, diz a nota.
A Prefeitura não quis gravar entrevista, mas informou, em nota, que o contrato emergencial prevê 20 dias de adaptação para a empresa. Passado esse prazo, a Salusmed deverá garantir o tratamento dentro da cidade, conforme previsto.
Enquanto isso, pacientes e familiares continuam apreensivos com a continuidade dos atendimentos. A Santa Casa, por sua vez, reforça que mantém sua estrutura, equipe e tradição a serviço da população, e lamenta que decisões administrativas de terceiros acabem gerando insegurança em um setor tão sensível quanto a saúde.




