Associação denúncia de despejo irregular de esgoto no Rio Mogi Guaçu em Araras, SP

“Mais uns 30 dias, teremos grandes mortandades de peixe serão registradas novamente no Rio Mogi Guaçu, graças ao esgoto não tratado de Araras”, alertou um dos pescadores.

Pescadores locais estão novamente denunciando o despejo irregular de esgoto no Rio Mogi Guaçu, em Araras. Um vídeo gravado na terça-feira (25) e publicado pela Associação SOS Moji Guaçu mostra a situação alarmante da água escura na saída do Ribeirão Arary. “Mais uns 30 dias, teremos grandes mortandades de peixe serão registradas novamente no Rio Mogi Guaçu, graças ao esgoto não tratado de Araras”, alertou um dos pescadores.

Em 2022, o Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente do Município de Araras (SAEMA) realizou uma campanha de marketing afirmando que a cidade passou a tratar 100% de seu esgoto, uma afirmação prontamente desmentida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

“É de conhecimento público que a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do Município de Araras, cuja operação é de responsabilidade do SAEMA, deixou de operar no final de 2015 e, desde então, todos os esgotos gerados no município estão sendo lançados sem o tratamento adequado no Ribeirão Arary. Por este motivo, a CETESB já autuou o SAEMA com a aplicação de penalidade de multa em 2016, 2017 (duas vezes), 2018, 2019 (após a ocorrência da mortandade de peixes no Rio Mogi Guaçu), 2021 e 2022”, afirmou a CETESB.

A situação tem gerado grande preocupação entre os pescadores e ambientalistas locais, que temem pela saúde do ecossistema do Rio Mogi Guaçu e pela sobrevivência das espécies de peixes na região. A Associação SOS Moji Guaçu e outros grupos ambientais continuam a pressionar as autoridades para que medidas urgentes sejam tomadas para resolver o problema do esgoto não tratado e prevenir futuras mortandades de peixes.

Assista ao vídeo:

Histórico de Penalidades

Desde 2016, a CETESB aplicou várias multas ao SAEMA devido ao lançamento de esgoto não tratado no Ribeirão Arary, resultando em diversas penalidades:

  • 2016: Primeira autuação pela CETESB.
  • 2017: Duas autuações.
  • 2018: Nova autuação.
  • 2019: Autuação após a mortandade de peixes no Rio Mogi Guaçu.
  • 2021: Multa aplicada.
  • 2022: Multa aplicada.

A campanha de marketing de 2022 do SAEMA, que alegava o tratamento completo do esgoto da cidade, foi contestada pela CETESB, destacando a continuidade do problema. As penalidades e denúncias reiteram a necessidade de ações concretas para solucionar a questão do tratamento de esgoto em Araras.

Impacto Ambiental

A contínua descarga de esgoto não tratado no Ribeirão Arary e, consequentemente, no Rio Mogi Guaçu, tem causado sérios danos ao meio ambiente, incluindo a degradação da qualidade da água e a mortandade de peixes, que afeta diretamente a biodiversidade local e os pescadores que dependem do rio para sua subsistência.

Ação dos Pescadores e Ambientalistas

Os pescadores, junto com organizações como a Associação SOS Moji Guaçu, continuam a denunciar e documentar a situação, na esperança de que suas ações chamem a atenção das autoridades competentes e resultem em medidas eficazes para o tratamento do esgoto na região. A mobilização da comunidade é crucial para pressionar por mudanças e proteger o ecossistema do Rio Mogi Guaçu.

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