CASO LETÍCIA: 3 meses após morte em motel, polícia ainda aguarda laudo para encerrar inquérito

Morte de jovem de 24 anos completa três meses neste sábado (5) sem que o caso tenha sido esclarecido pela Polícia Civil, que aguarda laudos complementares do IML. Para a família da jovem, situação amplia a dor da perda.

A morte de Letícia Moreira Barbosa, de 24 anos, socorrida desacordada em um motel em Indaiatuba (SP), completou três meses neste sábado (5) sem que o caso tenha sido esclarecido pela Polícia Civil, que aguarda laudos do Instituto Médico Legal (IML) para encerrar o inquérito. Para a família da jovem, uma situação que amplia a dor da perda.

“Eu sei que tudo o que acontece com as pessoas que a gente vê na TV, nos jornais, são coisas que podem acontecer com a gente também, mas a gente nunca espera. É uma revolta tão grande que a gente não acredita que realmente aconteceu. E cada dia que passa, piora”, afirma José Carlos, pai de Letícia.

Fernanda Hetem, delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Indaiatuba, explicou que embora a causa do óbito tenha sido apontada como asfixianão foi possível ainda determinar como essa asfixia ocorreu – e por isso a necessidade de laudos complementares.

Questionada sobre a demora para a emissão dos laudos pelo IML, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que “os laudos periciais estão em elaboração dentro do prazo legal e, assim que concluídos, serão encaminhados à autoridade policial para análise e continuidade das diligências.”

A pasta informou que outras informações são preservadas “para não comprometer o andamento das investigações e garantir autonomia ao trabalho policial”.

Para José Carlos, Letícia foi assassinada pelo homem que estava com a filha no motel. Para a Polícia Civil, não há, até o momento, elementos para pedir a prisão do suspeito.

“Eu não tenho nada, nenhum elemento para prender esse rapaz. O que eu tenho é só que ela morreu de asfixia e ele estava junto no quarto, por enquanto é o que a gente tem. (…) Se vier provado que houve homicídio, ele vai ser preso, ele vai responder preso”, garantiu a delegada.

Versão do suspeito

Segundo o boletim de ocorrência, Igor Brito Rocha da Silva disse à Polícia Civil que tinha um relacionamento com Letícia há cerca de três meses e que, no dia da morte, consumiram bebidas alcoólicas e energético antes de irem ao motel.

Durante a estadia, ainda de acordo com o relato dele, a vítima teve um sangramento na relação sexual. Ele teria avisado a jovem e ido ao banheiro se lavar, mas ao retornar, percebeu que ela estava inconsciente.

O homem, então, acionou os funcionários do motel para pedir ajuda. A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC), onde teve o óbito constatado.

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