Segundo a advogada, o bullying não deve ser tratado como uma simples “brincadeira de criança”. “Muitas vezes, pais e até educadores minimizam situações que, na verdade, são agressões sérias e constantes.

O bullying ainda é uma realidade preocupante dentro das escolas brasileiras, e em Araras não é diferente. A advogada Dra. Glauce Abdalla, especialista em Direito da Criança e do Adolescente, tem atuado em casos envolvendo agressões físicas, verbais e psicológicas no ambiente escolar, e reforça que a omissão pode trazer consequências graves para todos os envolvidos.

Segundo a advogada, o bullying não deve ser tratado como uma simples “brincadeira de criança”. “Muitas vezes, pais e até educadores minimizam situações que, na verdade, são agressões sérias e constantes. Isso afeta diretamente o desenvolvimento emocional e psicológico das vítimas, podendo levar até a quadros de depressão e abandono escolar”, explica Dra. Glauce.

Ela destaca que todo caso deve ser levado ao conhecimento da direção da escola e, se necessário, denunciado ao Conselho Tutelar, Ministério Público ou Delegacia de Polícia. “Os pais ou responsáveis que identificarem sinais de sofrimento nos filhos, como mudanças de comportamento, isolamento, queda no rendimento escolar ou recusa em ir à escola, devem ficar atentos e buscar ajuda imediatamente.”

De acordo com a legislação brasileira, o bullying é considerado uma forma de violência e pode gerar responsabilização tanto na esfera cível quanto criminal. A Lei nº 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, garante mecanismos de proteção às vítimas e impõe deveres às instituições de ensino.

“Estamos à disposição das famílias que precisam de orientação e apoio jurídico para enfrentar esse tipo de situação. É fundamental que a sociedade entenda que denunciar o bullying é um ato de coragem e proteção, não só para a vítima, mas também para evitar que novos casos aconteçam”, finaliza Dra. Glauce Abdalla.