Em busca de esclarecimentos, nossa equipe conversou com Romildo Benedito Borelli, conhecido como “Baiano da Farmácia”, secretário Municipal da Saúde. Ele informou ter negociado com o fornecedor das insulinas, propondo pagar as compras de janeiro em fevereiro e parcelar as dívidas anteriores por meio da Secretaria Municipal da Fazenda. A empresa ainda não respondeu à proposta.

Na manhã desta terça-feira (28), nossa reportagem foi procurada por uma moradora de Araras (SP), que relatou a grave situação de falta de insulinas na farmácia de alto custo do município, mesmo com um processo judicial em andamento. Segundo ela, o pai, que é diabético, está sem os medicamentos há quatro meses.
“Faz 4 meses que meu pai não consegue as insulinas pela prefeitura e a informação recebida lá é que não tem previsão por falta de pagamento. Um absurdo porque diabéticos dependem exclusivamente do uso de insulina para sobreviver”, desabafou a moradora.
Os medicamentos em questão são TRESIBA e HUMALOG, essenciais para o tratamento do diabetes. Em busca de esclarecimentos, nossa equipe conversou com Romildo Benedito Borelli, conhecido como “Baiano da Farmácia”, secretário Municipal da Saúde.
De acordo com Baiano, o problema é resultado de dívidas deixadas pela antiga administração com a empresa fornecedora das insulinas. “Os medicamentos não estão sendo entregues até que as notas atrasadas sejam pagas”, explicou.
O secretário informou que tentou negociar com um fornecedor para evitar que os pacientes continuassem sem os remédios. “Entrei em contato com o gerente da empresa e a conta é alta. Eu disse a ele que nós precisávamos que ele nos entregasse insulinas e continuasse nos atendendo porque faríamos assim: o que a gente comprasse em janeiro a gente pagava em fevereiro, e o que ficou para trás a Secretaria Municipal da Fazenda iria entrar em contato para dividir os pagamentos da melhor forma possível.
Para iniciar a retomada do fornecimento, a administração municipal fez uma cobrança extrajudicial à empresa, que é o único fornecedor dessas insulinas específicas. “Estamos esperando para ver o que vai acontecer. Infelizmente, não tenho como responder quanto tempo vai demorar para resolver, mas acredito que nos próximos dias a gente conseguirá uma solução”, concluiu o secretário.
A situação gera preocupação e revolta entre os pacientes e familiares que dependem desses medicamentos para sobreviver, evidenciando a gravidade do impacto da má gestão pública no passado e a necessidade de resolução urgente para o problema.
