Ele destacou que, se apenas um terço desses valores fosse quitado, a prefeitura conseguiria pagar todas as dívidas com fornecedores.
Na manhã desta quarta-feira (27), nossa reportagem conversou com o prefeito Pedrinho Eliseu sobre as últimas notícias envolvendo contratos em atraso. Estima-se que a dívida ultrapassa R$ 270 milhões, só com empresas Grupo São Leopoldo Mandic e Expresso Auto Bus, são mais de R$ 20 milhões.
O prefeito apresentou dados oficiais revelando um cenário preocupante: a prefeitura de Araras (SP) tem a receber, até setembro de 2024, um total de R$ 355.280.052,79 em impostos não pagos pela população, registrados como dívida ativa. Pedrinho Eliseu explicou que a maior parte dessas dívidas é de IPTU não paga.
Ele destacou que, se apenas um terço desses valores fosse quitado, a prefeitura conseguiria pagar todas as dívidas com fornecedores. “Pagamos e estamos pagando mais de R$ 150 milhões em dívidas deixadas por dois governos anteriores, com fornecedores e com a Araprev. Além disso, com a pandemia, muitas pessoas recorreram à saúde pública após perderem seus convênios, acumulando filas e enfrentando dificuldades para pagar impostos, o que aumentou a inadimplência”, disse o prefeito.
Ele explicou que a prefeitura tinha duas opções: a execução da dívida ativa na Justiça, uma exigência legal, e o protesto formal dos devedores. No entanto, a administração decidiu não protestar formalmente os devedores para evitar que os ararenses perdessem as suas contas bancárias e crédito, que são a única fonte de sobrevivência para muitos.
O prefeito espera que as pessoas que estiveram em atraso com a prefeitura, regularizem suas situações através do Refis. “Esperamos que, com a Lei do Refis, parte das pessoas consiga regularizar suas dívidas. Seguimos administrando tudo isso com os pés no chão”, afirmou.