Empresa GTMED relata dificuldades de contato com a prefeitura; cobrança expõe falta de medicamentos e suposta dívida do município.
A Empresa GTMED Distribuidora de Materiais e Equipamentos Hospitalares e Odontológicos Ltda cobrou o prefeito Pedrinho Eliseu, durante live que ele mostrava o Boulevard do Parque Ecológico lotado na noite desta quarta-feira (20) em Araras, SP. Segundo a responsável pela empresa, a prefeitura estaria em débito com eles, acumulando uma dívida de R$ 52.896,00, referente a sete notas fiscais não pagas desde abril de 2023.
A GTMED fornecia materiais essenciais como luvas de procedimento e cirúrgicas, equipos macrogotas e máscaras, usados na rede pública de saúde. A empresa afirmou que a falta desses pagamentos pode comprometer o abastecimento desses itens, prejudicando o atendimento nas unidades de saúde. Além disso, ela destaca a dificuldade em conseguir uma resposta por parte dos gestores municipais.
“Ligamos para todos os números da prefeitura, mas nenhum funciona. Enviamos e-mails para diversos endereços e não obtivemos respostas. Até enviamos um preposto para cobrar pessoalmente, mas sem sucesso,” afirmou a responsável pela GTMED. Segundo ela, mesmo ao contatar a Secretária da Fazenda e o Secretário de Saúde, a situação permaneceu sem solução, pois ambos “passam a responsabilidade entre si”, relata.
A empresa afirma ainda que foi impedida de entrar em contato novamente com os gestores, já que seus números teriam sido bloqueados. A GTMED não é a única a enfrentar problemas de pagamento. Ao verificar o portal de transparência municipal, a responsável pela distribuidora relata ter encontrado indícios de uma dívida acumulada de aproximadamente R$ 231 milhões, valor que pode afetar outras empresas e serviços essenciais da cidade.
A denúncia levanta preocupações sobre a continuidade dos serviços de saúde e a gestão financeira do município. Além de afetar empresas fornecedoras, a falta de materiais pode impactar diretamente a população, que depende desses insumos para atendimentos básicos e emergenciais.
Até o fechamento desta matéria, a prefeitura não havia se pronunciado sobre o caso, e a reportagem permanece à disposição para uma resposta.