Especialista em medicina hiperbárica, Dra. Daniela Letizio explica no #podcast “Fala Betão” como o tratamento reduz amputações em pacientes crônicos

“Quando o tratamento demora a chegar até nós, aumenta o risco de amputação. Com o uso adequado da câmara hiperbárica, conseguimos reduzir muito esses casos”, destacou.

Durante sua participação no podcast “Fala Betão”, na última quinta-feira (23), a médica Dra. Daniela Letizio, especialista em medicina hiperbárica, abordou a importância da união entre o setor público e o privado na prevenção e tratamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

Com ampla experiência em medicina estética, cirurgia plástica e, nos últimos anos, em medicina hiperbárica, Dra. Daniela explicou que esse tipo de tratamento tem ajudado a salvar membros de pacientes que poderiam enfrentar amputações em decorrência de feridas graves ou necroses.

“A nossa intenção muitas vezes é salvar o membro do paciente. Um paciente diabético, por exemplo, pode evoluir com necrose ou feridas extensas. Quando o tratamento demora a chegar até nós, aumenta o risco de amputação. Com o uso adequado da câmara hiperbárica, conseguimos reduzir muito esses casos”, destacou.

Segundo ela, o sucesso no tratamento depende de um trabalho conjunto entre médicos, equipe multidisciplinar e o sistema público de saúde.

“A câmara hiperbárica não faz milagre. Se o município oferece um respaldo eficiente no tratamento e na prevenção de doenças como o diabetes e a hipertensão, os resultados são muito melhores”, explicou.

Dra. Daniela ressaltou a necessidade de fortalecer a atenção primária à saúde, orientando a população sobre a importância de buscar acompanhamento nas UBSs e Unidades de Saúde da Família (USFs), em vez de sobrecarregar as UPAs com casos que poderiam ser tratados previamente.

“Muita gente sente um mal-estar, uma pressão alta, e corre para a UPA. Mas o ideal é procurar a UBS ou a Unidade de Saúde da Família. Lá, o paciente pode receber acompanhamento contínuo, controlar a doença e evitar complicações”, orientou.

A médica também defendeu as parcerias público-privadas como forma de ampliar o alcance dos programas de prevenção e melhorar o uso dos recursos destinados à saúde.

“Essas parcerias são fundamentais. Quando os serviços privados ajudam a divulgar os programas municipais, mais pessoas são beneficiadas e os municípios conseguem até aumentar o repasse de verbas federais para ampliar as ações de saúde”, afirmou.

Encerrando sua participação, Dra. Daniela enfatizou que a integração entre os profissionais de saúde e o poder público é o caminho para oferecer atendimento mais humano e eficaz.

“O médico sozinho consegue muito pouco. Mas, quando está integrado a uma equipe multidisciplinar — com enfermeiros, outros médicos e com o apoio das políticas públicas locais —, ele consegue transformar a realidade dos pacientes. Eu não sou política e não tenho essa pretensão, mas acredito que a política tem um papel essencial em viabilizar saúde de qualidade para todos”, concluiu.

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