Cristiele Balbino está revoltada com violência envolvendo a morte do pai durante roubo a depósito de sucata. Para ela, prisão de suspeito, que trabalhou no local, é um “primeiro alívio”.

A vida de Cristiele Balbino, de 29 anos, mudou completamente depois do último dia 8 de janeiro. A data marcou uma despedida inesperada: o pai dela, Aparecido Donizetti Balbino, de 65 anos, foi espancado e morto durante um assalto a um depósito de sucatas no Jardim Morumbi, em São Carlos.
Cristiele, que trabalha como copeira, conversou com o g1 na segunda-feira (13), dia da prisão do autor do crime. Ela está afastada do trabalho e passou em consulta com psicólogo por causa do abalo emocional sofrido.
“O meu pai estava com a saúde ótima. Ele foi morto na madrugada de quarta-feira. Eu já tinha combinado com ele que, na quinta, finalmente começaríamos a correr atrás da aposentadoria dele. E aí isso acontece. Se a pessoa vai roubar, leva tudo de uma vez, mas não precisava agir com essa crueldade. Eu não consigo entender, não entra na minha cabeça. Para tentar seguir, estou vivendo à base de calmantes”, declarou.
Depois da conversa, Cristiele foi avisada sobre a prisão do homem de 48 anos e afirmou que a notícia era “um primeiro alívio”. A violência do crime realmente chamou a atenção: o idoso foi atingido por golpes na cabeça, tórax, dorso e braço, sendo socorrido para a Santa Casa ainda com vida. A vítima teve laceração no baço e passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado como latrocínio.
