Segundo especulações da Ceagesp, os impactos nos preços deverão começar a aparecer no atacado em outubro, sendo repassados para o consumidor em seguida.

As mudanças climáticas estão previstas para causar impactos prejudiciais não apenas na saúde, mas também no bolso dos brasileiros. Períodos de calor e frio extremos estão diminuindo a produtividade agrícola, afetando especialmente a colheita de cítricos, como limão e laranja. Essas alterações climáticas prolongam o tempo necessário para a colheita das frutas, impactando as qualidades do setor.
Uma das principais ameaças aos cítricos é o Cancro Cítrico, uma doença bacteriana que já resultou na erradicação de 2 mil pés apenas no estado de São Paulo. Segundo especulações da Ceagesp, os impactos nos preços deverão começar a aparecer no atacado em outubro, sendo repassados para o consumidor em seguida.
As hortaliças também devem enfrentar um aumento de preços, previsto para dezembro. Atualmente, a oferta está alta devido à seca, o que favorece a maturação da safra. No entanto, o efeito é oposto ao planejamento, e as variações de temperatura dificultam o planejamento dos produtores rurais. Esse impacto é mais sentido pelos pequenos agricultores, que não têm recursos para investir em diversas produções e diversificar suas plantações.
Apesar desse cenário desafiador, o Dieese aponta uma tendência de redução no preço dos produtos da cesta básica, com destaque para o tomate e a batata. A previsão de um volume de chuvas suficiente para os próximos meses traz uma perspectiva positiva, podendo equilibrar a oferta e mitigar os efeitos das mudanças climáticas na agricultura.
A incerteza climática e os seus efeitos adversos ressaltam a importância das políticas públicas externas para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas, além de apoio aos agricultores, especialmente os pequenos, que são os mais vulneráveis a essas variações. O consumidor deve estar preparado para possíveis variações nos preços dos alimentos, refletindo as dificuldades enfrentadas no campo.
