Ela presenciou um casal com um filho autista enfrentando dificuldades em uma fila lotada. A criança teve uma crise, mas, mesmo com o crachá de identificação, os pais não receberam ajuda.

Um relato feito por Bianca Guimarães nas redes sociais (grupo ARARAS SEM CENSURA) trouxe à tona um problema que afeta muitas famílias de crianças autistas: a falta de acolhimento e respeito aos direitos de atendimento prioritário. O episódio ocorreu no Atacadão de Araras (SP) e gerou grande repercussão.
Segundo Bianca, enquanto realizava compras no estabelecimento, presenciou uma cena angustiante: um pai e uma mãe, acompanhados de seu filho autista, enfrentavam dificuldades na fila, que estava lotada. A criança entrou em crise, e mesmo com os pais portando o crachá de identificação de autismo, não receberam a devida assistência.
“Não adianta nada ter caixas preferenciais se não são utilizados por quem realmente precisa”, desabafou Bianca. Ela relatou ter pedido ajuda em dois caixas e a resposta foi de indiferença. Buscou ainda a assistência de duas funcionárias que pareciam ser fiscais, mas novamente encontrou negligência.
O direito ao atendimento prioritário para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é garantido pela Lei 12.764/2012 e reforçado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. O símbolo do autismo, representado por um laço colorido, deve ser respeitado e assegurado em estabelecimentos comerciais e instituições públicas.
O caso gerou grande mobilização nas redes sociais, com muitos internautas cobrando um posicionamento do Atacadão e reforçando a necessidade de mais empatia e treinamento para os funcionários sobre como lidar com situações que envolvem pessoas com deficiência.
Até o momento, a empresa não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido. Entretanto, o episódio ressalta a importância de uma mudança de postura e conscientização para que pais e crianças não passem mais por situações de desrespeito e descaso.
