Casal se conheceu em um aplicativo de relacionamento. Depois de ser agredida, moradora de Praia Grande (SP) conseguiu uma medida protetiva de urgência contra o ex-namorado.

Uma mulher, de 34 anos, tem vivido um verdadeiro pesadelo após terminar um relacionamento. A moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo, contou nesta quinta-feira (14), que sofreu ameaças de morte após ser agredida e extorquida pelo ex-namorado. O homem a deixou com uma dívida de mais de R$ 25 mil.
A vítima, que preferiu não se identificar por segurança, contou que conheceu o homem em um aplicativo de namoro, em julho de 2023. Um mês depois se encontraram e começaram um relacionamento.
A mulher afirmou que o homem sempre foi muito carinhoso, mas insistia que a vítima se mudasse para Jundiaí (SP), cidade em que ele morava. Após as recusas para mudança, a partir do segundo mês de relacionamento, o ex-namorado sumia toda vez que ela não fazia o que ele queria. Dias depois, voltava e prometia que iriam se casar.
Com as insistências, a vítima começou a se preparar para morar com ele. Neste momento, o ex-namorado mudou de ideia e terminou o relacionamento dizendo que não estava pronto para o casamento.
Depois de dez dias sem contato, o homem pediu para conversarem pessoalmente. As capturas de tela obtidas pela nossa reportagem mostram as ameaças, xingamentos e insistências enviadas pelo ex-namorado. Em uma das conversas, ele promete que ‘vai passar com o carro’ em cima da mulher.
Com medo das ameaças, ela aceitou encontrá-lo. O casal passou o final de semana junto e, no dia em que ela iria embora, o agressor viu uma notificação no celular dela. Era uma mensagem do ex e pai do filho dela.
O homem acreditou que eles tivessem voltado e a obrigou a ligar para o ex-marido para conversarem. “A partir daquela conversa que ele teve com o meu ex, tacou o meu celular na parede. Falou que eu era uma vagabunda […] e começou a me agredir”, lembrou.
De acordo com ela, o homem a jogou no chão, deu socos, bateu a cabeça dela na parede e a enforcou. Ela conseguiu fugir e pedir ajuda a uma vizinha, que a acolheu até a chegada dos policiais militares.
No boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Polícia de Jundiaí, os PMs relataram que os dois se agrediram mutuamente e afirmaram que a mulher não apresentava ferimentos.
Ao chegar em Praia Grande, a mulher procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde contestou a versão do BO e conseguiu uma medida protetiva de urgência. Neste momento, as ameaças saíram de um aplicativo de mensagens e foram para o e-mail.
Ela afirmou que iniciou acompanhamento psicológico e faz duas semanas que não recebe mais ameaças. Apesar deste alívio, a mulher disse que continua traumatizada e está com medo de encontrá-lo.
