Familiares reconheceram o corpo no local, onde, segundo informações preliminares, ela pode ter sido vítima de violência, já que estava com as roupas íntimas abaixadas. A Polícia Científica realizou a perícia e o corpo foi levado ao IML de Limeira (SP).

O fim de tarde deste sábado (10) foi marcado pela dor, revolta e, principalmente, pelo apelo da população por mais segurança no Bosque “José Fernandes de Mattos” — o Bosque Ararinha —, na Zona Leste de Araras (SP). Frequentado por usuários e traficantes de drogas, o local voltou a ser palco de uma tragédia: o corpo de Amanda Vieira Alves, de 32 anos, foi encontrado sem vida em uma área de mata próxima ao antigo prédio do Senai, ao lado da Fatec.
A cena chocante foi registrada por populares que passavam pela região e avistaram o corpo em meio ao matagal. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas apenas pôde confirmar o óbito da jovem.
Familiares estiveram no local e, em meio ao desespero, identificaram o corpo de Amanda. A dor foi agravada pela suspeita de que a jovem tenha sido vítima de violência: segundo informações preliminares, o corpo estava com as roupas íntimas abaixadas. A Polícia Científica realizou perícia e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Limeira (SP).
Moradores que acompanharam a movimentação fizeram questão de falar com a reportagem e denunciaram o abandono do bosque. “Não é a primeira pessoa achada morta aqui e, infelizmente, não será a última. A gente já cansou de pedir policiamento. Isso aqui está largado faz tempo”, disse uma moradora, sem se identificar.
As reclamações são recorrentes: usuários e traficantes de drogas tomam conta do espaço, e a sensação de insegurança é constante. “A gente tem medo de passar por aqui. O mato está alto, não tem iluminação, não tem patrulhamento. Esperam acontecer o pior para depois agirem”, desabafou outro morador da região.
A Polícia Civil já iniciou as investigações e trata o caso como prioridade. Nenhuma hipótese é descartada até o momento. Informações que possam ajudar a esclarecer o crime podem ser repassadas anonimamente à polícia.
