A palestra abordou a evolução das leis antirracistas no Brasil, destacando a estrutura social discriminatória que perpetuou a exclusão da população negra por 400 anos.

No último dia 27/11, o coletivo Tia Ciata, organização sem fins lucrativos, realizou uma palestra antirracista na UFSCar – Campus Araras (SP). A ação faz parte da Agenda Unificada do Novembro Negro, contando com as advogadas Mayara Campos e Adriana Damas, membros da Comissão de Igualdade Racial da OAB e do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial da cidade de Leme (SP).
“A Lei da Injúria Racial”: uma perspectiva histórica
A palestra abordou a evolução das leis antirracistas no Brasil, destacando a estrutura social discriminatória que perpetuou a exclusão da população negra por 400 anos. As advogadas explicaram didaticamente a diferença entre racismo, preconceito e injúria racial, oferecendo exemplos práticos e estratégias de combate judicial.
Participação da plateia e necessidade de ações antirracistas
A interação com a plateia reforçou a necessidade de iniciativas como essa, diante do racismo estrutural, institucional e pessoal. Estudantes da UFSCAR compartilharam suas experiências, destacando a importância de educação e conscientização.
Protocolos antirracistas: uma urgência
Daniele Costa, presidente do Coletivo Tia Ciata, defendeu a criação de protocolos antirracistas em repartições públicas para coibir e punir racistas. O Coletivo Tia Ciata desenvolve atividades antirracistas em Araras e região, oferecendo letramento racial crítico para professores, alunos, funcionários públicos e a comunidade.
Já no dia 28, também na UFSCAR de Araras, houve uma oficina de toques e cânticos Sacros do Yorubá e o cortejo de um Baobá, que é uma árvore símbolo da ancestralidade africana.
