Padrasto acusado de matar enteada alega que foi obrigado a assumir crime e culpa mãe durante Júri em Leme, SP

Julgamento da mulher, que é acusada de tortura, não tem data para ocorrer.

Acusado de matar a enteada de 1 ano e 10 meses, Luís Felipe Britto negou o assassinato da enteada Lorena Capelli e culpou a mãe da criança, durante seu depoimento no Tribunal do Júri, que ocorreu nesta quarta-feira (3), em Leme (SP).

Ele ainda disse que foi obrigado a assumir o crime em abril de 2019. “Eu nego, não fiz isso. Meu erro foi ser omisso, mas eu nunca acreditei que ela teria coragem de matar a menina”, declarou.

Britto é acusado de tortura contra criança por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Segundo a Polícia Civil, a causa da morte da menina foi apontada como síndrome da criança espancada.

O julgamento da mãe, Natália Nogueira, que é acusada de tortura, não tem data prevista. Britto disse que cuidava da menina com carinho, já que Natália desfazia e a maltratava. “Eu que fazia mamadeira, trocava a menina, levava na escola, médico, em tudo. E a Natália brigava comigo, dizia que eu não era o pai, que não precisava cuidar tanto”.

Ele ainda disse que via os hematomas na criança e que a antiga companheira dizia que a menina tinha caído, tinha batido em móveis e se machucado sozinha.

Lorena morreu após agressão do padrasto em Leme (SP) — Foto: Sabrina Albuquerk/Arquivo pessoal

‘Obrigado a assumir crime’

Sobre seu depoimento à polícia no qual confessava que tinha jogado a criança em um colchão e que ela havia batido a cabeça contra a parede, o réu disse que foi obrigado a assumir algo que não fez e, durante o interrogatório, o delegado dizia: “Fala que você fez isso, fala que você jogou a menina, fala que ela bateu a cabeça” e que “assinou o depoimento sem ler”.

Nossa reportagem não conseguiu contato com o delegado Carlos Eduardo Malaman para comentar as acusações. A reportagem questionou a Secretaria de Segurança Pública e aguarda posicionamento.

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