Empresa pode ser multada ou descredenciada. Os beneficiários podem formalizar denúncias junto à ANS sempre que houver descumprimento, pelo site www.gov.br/ans.

Na manhã desta quarta-feira (29), nossa reportagem recebeu informações sobre uma grande mobilização de servidores públicos municipais de Araras (SP), que estão denunciando atrasos e falta de atendimento da operadora de saúde Salusmed.
A insatisfação dos servidores tem gerado muitas reclamações e protestos nas redes sociais. Entre os casos mais preocupantes está o de uma servidora pública municipal, que prefere não ser identificada, e que está afastada do trabalho para tratamento de saúde. Ela enfrenta dificuldades desde a troca do plano médico contratado pela Prefeitura. Com o encerramento do convênio com o plano São Luís, a paciente ficou sem receber os medicamentos necessários e aguarda uma definição da Salusmed, a nova operadora responsável pelo atendimento.
“Sou paciente oncológica, em remissão, preciso do medicamento e eles não dão nenhuma satisfação. O medicamento custa R$ 958,00; já fui à farmácia ver se poderia comprar, mas infelizmente não é a minha realidade. Estou esperando uma solução… já fui até a sede, já mandei várias mensagens por WhatsApp e nada”, desabafou a servidora.
Segundo especialistas, como o advogado Dr. Rogério Romanin, os beneficiários têm direito a consultas em prazos definidos pela ANS: sete dias para consultas básicas, 14 dias para outras especialidades e 21 dias para internações eletivas. Descumprir essas normas pode gerar multas milionárias e até o descredenciamento da operadora.
Os beneficiários podem formalizar denúncias junto à ANS sempre que houver descumprimento, pelo site www.gov.br/ans. Com o respaldo legal, os servidores prejudicados agora podem exigir atendimento imediato e pressionar a Salusmed a cumprir a lei.



