O núcleo militar será formado por militares da reserva que atuarão fora da sala de aula, auxiliando na entrada e saída dos alunos, em atividades extracurriculares e na disciplina escolar.

Durante a 17ª Sessão Ordinária de 2025 da Câmara Municipal de Araras (SP), que aconteceu na segunda-feira (26), compareceram à Tribuna Livre os oradores Débora Albertini Lima e Izaías Martins, a convite da presidência. O tema falado por ambos foi ensino técnico e escola cívico-militar.
Iniciando o discurso, Izaías, que é professor do curso técnico em administração nas escolas Yolanda Salles Cabianca e Dr. Cesário Coimbra, comentou sobre a oferta de ensino técnico integrado ao ensino médio nas escolas de Araras. Ele declarou que este é um caminho para que o jovem tenha mais chances de entrar no mercado de trabalho após concluir seus estudos.
Por sua vez, Débora, que é diretora da Escola Estadual Yolanda Salles Cabianca desde outubro de 2024, ressaltou que a escola Cabianca será a primeira instituição de ensino de Araras a implantar o Programa das Escolas Cívico-Militares (ECM) e deu detalhes sobre como será o funcionamento deste modelo de ensino.
Ela afirmou que a escola cívico-militar será composta por dois núcleos, a saber: Núcleo civil, formado pelos diretores, professores e coordenação da escola, que permanece responsável pelo ensino, gestão pedagógica e administrativa;
O núcleo militar, composto por militares de reserva que atuarão como monitores escolares exclusivamente fora de sala de aula, em funções como o apoio na entrada e saída dos estudantes, acompanhamento durante atividades extracurriculares, e manutenção da segurança e disciplina no ambiente escolar.
Débora Albertini continuou a sua fala e explicou que a ECM é uma política pública estadual voltada à promoção do ensino baseada em três pilares: Gestão pedagógica de qualidade, conduzida pelo núcleo civil; Gestão administrativa eficiente, orientada pelas coordenadorias da Secretaria da Educação; Dimensão cívico-militar, voltada à formação ética, cidadã e socioemocional conduzida por militares da reserva da Polícia Militar sem interferência pedagógica.
A diretora afirmou que os militares não darão aulas e não vão portar armas no ambiente escolar. Também segundo as palavras de Débora, a implantação da escola cívico-militar na escola Yolanda Salles Cabianca foi aceita por meio de uma consulta popular que contou com a adesão de mais de 90% da comunidade.
Além disso, ela comentou que o programa já entra em vigor a partir do segundo semestre deste ano e que, desde o dia 16 de maio, já está aberto o sistema de transferências tanto para os pais que desejam matricular os seus filhos na escola, quanto para aqueles que desejam transferi-los para outra instituição de ensino. O sistema fica aberto até o dia 5 de junho.
