O frentista Cremildo Aparecido Ferraz, de 52 anos, voltava com a mulher de um supermercado quando enroscou em linha ao passar por rua no Residencial Guaíra. Ele morreu no hospital.

Vídeos de câmeras de segurança que circulam nas redes sociais, mostram momentos de desespero após um motociclista sofrer um corte no pescoço provocado por linha com cerol, no fim da tarde de quinta-feira (20), em Sumaré (SP). O frentista Cremildo Aparecido Ferraz, de 52 anos, morreu no hospital.
Nas imagens, é possível ver quando a garupa, esposa da vítima, desce da moto e corre para pedir ajuda em um comércio próximo. A gerente da loja, Queila Ferreira Nonato, relembrou o momento. “Quando eu saí para fora e vi aquela cena, corri e fui atrás de toalha de banho, que a gente trabalha aqui na loja. Corri, peguei e entreguei para ela, ele já tinha conseguido tirar a blusa”, disse.
A gravação também mostra que os comerciantes se mobilizaram para acionar as equipes de resgate, que, segundo a prefeitura, demoraram cerca de 13 minutos para chegar. Em nota, a Secretaria de Saúde de Sumaré ainda lamentou a morte do motociclista. Cremildo Aparecido Ferraz foi velado e enterrado no Cemitério da Saudade, em Sumaré, nesta sexta-feira (21).
Casal voltava de supermercado
A mulher de Cremildo relatou à Polícia Civil que o casal voltava para casa de um supermercado quando houve o ferimento. O homem conduzia o veículo pela Rua Guaraci, no bairro Guaíra, e parou na frente de uma loja para retirar o material do pescoço. Depois disso, o veículo “titubeou”, o homem chegou a perguntar para a esposa se havia um corte, e na sequência ela confirmou que havia um ferimento.
A mulher acionou a Polícia Militar e o Samu, e em seguida o homem sentou no chão e depois deitou desacordado. O óbito foi confirmado no Hospital Estadual de Sumaré quase 1h20 após o acidente, diz o boletim de ocorrência.
Casal voltava de supermercado
Investigação
O 2ª Distrito Policial de Sumaré registrou o caso como morte acidental, e a Polícia Civil pediu ao Instituto Médico Legal (IML) a realização de exame necroscópico. A pessoa responsável pelo cerol não foi localizada.
O que diz a lei?
Em São Paulo, a Lei 17.201/2019 proíbe o uso, posse, a fabricação e a comercialização de linhas cortantes compostas de vidro moído conhecido como cerol. Ela impõe multa de quase R$ 1,7 mil para a pessoa física que descumprir a norma, e no caso de comércios o valor chega a R$ 171,3 mil. Além disso, o caso também pode implicar em responsabilização criminal perante o Judiciário.
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