De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSEPA), o cerne da questão vai além do aspecto salarial.

Na última semana, a cidade de Araras (SP) testemunhou uma cena de mobilização e indignação por parte dos trabalhadores municipais. Em um movimento marcante, os funcionários públicos se reuniram em frente ao gabinete do prefeito Pedrinho Eliseu para expressar sua frustração e revolta diante do descaso do governo em relação às negociações da Campanha Salarial 2024.
Em um ato simbólico na Praça Barão, os trabalhadores denunciaram a falta de comprometimento e respeito por parte da administração municipal. O governo parece ter virado as costas para os servidores, recusando-se a discutir o reajuste salarial durante a Data-Base, um direito fundamental dos trabalhadores.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSEPA), o cerne da questão vai além do aspecto salarial. “A omissão governamental revela uma negligência crônica em relação às condições de trabalho dos funcionários públicos. Relatos de falta de estrutura, escassez de materiais básicos nos departamentos e até mesmo a terceirização de serviços essenciais têm alimentado a indignação da categoria”.
“O prefeito, que alguns já classificam como “o pior da história”, parece estar mais interessado em privatizar os serviços públicos do que em garantir o bem-estar dos cidadãos de Araras. Essa abordagem, longe de resolver problemas, tem contribuído para o caos na cidade, afetando diretamente a qualidade de vida da população”, disse o sindicalista José Raul dos Santos.
A situação chegou a um ponto crítico, levando os trabalhadores a buscar apoio do Ministério Público do Trabalho. Várias denúncias foram protocoladas e inquéritos instaurados para investigar as irregularidades cometidas pela administração municipal.
“É importante destacar que essa não é a primeira vez que os servidores de Araras se sentem desrespeitados. Nos últimos 15 anos, a Data-Base sempre foi respeitada, mas o atual governo parece determinado a impor um arrocho nos salários daqueles que tanto contribuem para o funcionamento da cidade”, ressaltou Raul.
Em suma, a revolta dos trabalhadores de Araras não é apenas uma questão salarial, mas uma manifestação contra a falta de consideração e compromisso por parte do governo municipal. É essencial que medidas sejam tomadas para corrigir essa situação e restaurar a confiança e dignidade dos servidores públicos, pilares fundamentais para o progresso e bem-estar da comunidade.
