Golpistas utilizam falsa entrega de brindes para coletar dados e realizar saques de valores altos das contas bancárias das vítimas.

Segundo relatos dos próprios clientes, o motoboy — descrito sempre como um homem em uma moto — aparece na residência da vítima dizendo que está entregando um presente. Ao ser questionado sobre a origem do prêmio, o criminoso menciona estabelecimentos conhecidos da região, como supermercados e perfumarias, para ganhar a confiança das pessoas. Ele então solicita uma foto do rosto da vítima, dizendo que é para registro de recebimento do brinde.
Esse pedido aparentemente simples esconde uma estratégia perigosa: o reconhecimento facial que o golpista solicita serve para acessar contas bancárias por meio de aplicativos de instituições financeiras. Com o rosto da vítima e outros dados já em posse dos golpistas, como CPF e endereço, eles conseguem invadir o aplicativo do banco, realizar transferências, saques e até empréstimos em nome da vítima.
“Estamos desesperados no banco, pois recebemos muitas pessoas que caíram nesse golpe. Alguns relatam que o entregador insiste em tirar a foto, mesmo quando a pessoa recusa. Ele utiliza dados como o CPF e endereço para conseguir acesso e, em poucos minutos, já realiza várias transações, relatou uma das vítimas.
O golpe não se limita a uma região específica, sendo registrado em bairros variados, como centro e Parque das Árvores. Para tornar o golpe ainda mais convincente, os criminosos chegam a preparar sacolas e embalagens de marcas conhecidas, contendo itens como sabonetes, para simular uma entrega real. Uma vítima, idosa, chegou a perder R$ 36 mil e entrou em desespero, afetando gravemente sua saúde. Em outro relato, golpistas usaram o pretexto de uma pesquisa do CRAS para coletar dados.
Alerta para toda a população: desconfie de entregas inesperadas, principalmente se for solicitado reconhecimento facial ou outros dados pessoais. A orientação é recusar qualquer tipo de brinde ou prêmio que não tenha sido solicitado e, em caso de tentativa de golpe, acionar a polícia e registrar um boletim de ocorrência para ajudar a combater essa prática que vem causando sérios prejuízos à comunidade.
