“Eu já fui em diversos lugares entregar currículo. Mas quando eles olham onde eu moro, percebo na hora pela expressão do rosto. O tratamento muda. Muitas vezes nem perguntam nada, só agradecem e dizem que vão analisar”, conta, visivelmente emocionada.

Uma mulher negra, moradora da região Leste de Araras (SP), relatou à nossa reportagem que tem enfrentado discriminação racial e territorial ao buscar uma oportunidade no mercado de trabalho. Segundo ela, o preconceito é evidente, principalmente no momento em que os recrutadores veem o endereço informado no currículo.
“Eu já fui em diversos lugares entregar currículo. Mas quando eles olham onde eu moro, percebo na hora pela expressão do rosto. O tratamento muda. Muitas vezes nem perguntam nada, só agradecem e dizem que vão analisar”, conta, visivelmente emocionada.
A mulher, que preferiu não se identificar, afirma que está desempregada há meses e que, mesmo com experiência e disposição para trabalhar, encontra barreiras invisíveis impostas por preconceitos raciais e sociais.
A denúncia reacende o debate sobre igualdade de oportunidades e inclusão no mercado de trabalho, especialmente para mulheres negras e moradores de regiões mais vulneráveis da cidade. Especialistas apontam que o racismo estrutural e a discriminação por território ainda são realidades frequentes e silenciosas.
Segundo a Constituição Federal, a discriminação racial é crime, e práticas como essas podem ser denunciadas aos órgãos competentes, como o Ministério Público do Trabalho e a Ouvidoria de Direitos Humanos.
Organizações sociais e movimentos de defesa da igualdade racial reforçam a importância de denunciar casos de preconceito e promover processos seletivos mais justos e transparentes.
📢 Se você sofreu ou presenciou situações de discriminação, denuncie. O silêncio também alimenta o preconceito.
Foto ilustrativa
