Essa decisão faz parte de um esforço proativo para otimizar a gestão do programa assistencial e prevenir possíveis fraudes.
A partir de janeiro de 2024, o Ministério do Desenvolvimento implementará medidas rigorosas para garantir a integridade do Bolsa Família, um programa crucial no combate à desigualdade social no Brasil.
Uma das mudanças mais significativas é o bloqueio das transferências para beneficiários que possuem CPF irregular no Cadastro Único (CadÚnico). Esta iniciativa, anunciada com antecedência, visa assegurar que o benefício seja direcionado exclusivamente para aqueles que preenchem os requisitos estabelecidos pelo governo.
O bloqueio, no entanto, não é apenas temporário. Após seis meses de suspensão devido a irregularidades, o beneficiário corre o risco de ter seu benefício permanentemente cancelado. As razões para o bloqueio incluem desde CPF suspenso até incompatibilidades na titularidade da Receita Federal ou erros de dados no CadÚnico.
Essa decisão faz parte de um esforço proativo para otimizar a gestão do programa assistencial e prevenir possíveis fraudes. Em novembro de 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) estimou que desembolsos irregulares do Bolsa Família poderiam atingir a expressiva quantia de R$ 35 bilhões.
De acordo com os cálculos, quase 5 milhões de pessoas podem estar recebendo o benefício indevidamente, justificando a necessidade de medidas mais rígidas. O governo planeja comunicar as mudanças através do aplicativo do Bolsa Família e da Caixa Econômica Federal.
Além disso, os beneficiários terão a opção de verificar sua regularidade pela internet. No site da Receita Federal, por exemplo, é possível consultar as informações relativas ao CPF, inserindo o número do documento e a data de nascimento do titular. Caso exista alguma divergência, os beneficiários podem atualizar seus dados cadastrais na própria plataforma.
Em resumo, essa medida é um passo fundamental para garantir que o programa Bolsa Família atenda verdadeiramente aqueles que necessitam, contribuindo para uma melhor distribuição de renda e a redução da desigualdade social no país. Com uma gestão mais eficaz e a prevenção de fraudes, o governo busca assegurar que os recursos destinados ao programa sejam utilizados de maneira apropriada.