Polícia Civil recebeu informações sobre a localização do homem de 20 anos, que foi preso no trabalho, nesta terça (13). Homem alega que “queria combater esse tipo de crime”.

Um brasileiro de 20 anos denunciado por um organismo internacional que inclui o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) foi preso por policiais civis em Campinas (SP) nesta terça-feira (13) por armazenar conteúdo nazista e articular “possível massacre” contra minorias na internet.
Segundo a Polícia Civil, um relatório da Divisão de Crimes Cibernéticos, com colaboração de agências internacionais, revelou que o jovem trocava mensagens com outros usuários em uma articulação de grupos se organizando via redes sociais, com a “intenção de cometer atos graves de violência contra si mesmo, crianças, adolescentes, mulheres e animais”.
O homem foi identificado com o auxílio de informações fornecidas por operadores de telefonia e provedores de internet, e preso em flagrante. De acordo com o delegado Elton Costa, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), com o homem de 20 anos foram localizados fotos e vídeos com menções ao nazismo, de ódio a minorias e mortes em grupo.
“Ele alega que apenas participava de alguns grupos por curiosidade, como forma de fazer uma investigação contra essas pessoas. Mas isso mostrou ser sem sentido. Não há nenhuma demanda, comunicação à polícia. Ele tinha uma afeição por isso, com coisas escritas de próprio punho”, relatou o delegado.
Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou, nesta quarta-feira (14), que foi concedida liberdade provisória ao homem, “sob condição de comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades”.
