Família que teve chácara revirada e móveis quebrados durante ação policial por engano busca ajuda da população em Araras, SP

A família, agora, enfrenta o desafio de reconstruir sua casa após o incidente. Iranilza Cristina de Jesus, a matriarca da família, está buscando ajuda financeira para restabelecer a ordem em sua residência. Quem desejar contribuir pode enviar qualquer quantia através do PIX/chave: 377.593.388-30 em nome de Iranilza Cristina de Jesus.

Uma família residente em uma propriedade rural de Araras, interior de São Paulo, viveu momentos de tensão na madrugada da última segunda-feira (29) quando sua casa foi invadida por policiais civis de Limeira.

O equívoco, segundo a família ocorreu durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão relacionado a um caso judicial. A Polícia Civil emitiu uma NOTA DE ESCLARECIMENTO sobre ocorrência. Veja no final da reportagem.

Os policiais, após revirarem o local, perceberam que a propriedade não pertencia ao procurado pela Justiça. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que uma apuração preliminar foi iniciada na 9ª Corregedoria Auxiliar para esclarecimento dos fatos.

Desafio de reconstruir a casa

A família, agora, enfrenta o desafio de reconstruir sua casa após o incidente. De acordo com relatos, os policiais derrubaram objetos, invadiram quartos e danificaram móveis, incluindo pertences das crianças.

Iranilza Cristina de Jesus, a matriarca da família, está buscando ajuda financeira para restabelecer a ordem em sua residência. Quem desejar contribuir pode enviar qualquer quantia através do PIX, utilizando os dados abaixo:

  • Nome: Iranilza Cristina de Jesus
  • Chave/CPF: 377.593.388-30
  • Banco: Nubank

Ação policial

Os policiais ficaram no local das 5h às 10h. De acordo com o trabalhador rural, Genivaldo de Jesus Farias, as viaturas eram do Grupo de Operações Especiais (GOE). A família percebeu a presença dos policiais porque os cachorros começaram a latir. Do lado de fora da casa, havia três viaturas e drones.

“Eles falaram que era a polícia, botar a mão para cima, que era uma busca e apreensão de drogas e armas”, disse Farias.

O morador disse aos policiais que não estava entendendo a ação policial e que, provavelmente, eles estavam no local errado. Com a situação, a mulher de Genivaldo e os filhos, que começaram a chorar, também saíram da casa.

“Eles chegaram e não me apresentaram nenhum documento, para eu identificar, ver se estava certo ou errado. Já foram entrando para dentro de casa e quebrando tudo”.

Móveis e objetos quebrados

Os policiais tambémpegaram enxadas e cavaram a parte de terra para ver se encontravam drogas ou armas no terreno. Eles pediram que a família entregasse os aparelhos celulares.

“Apontaram [a arma para a gente]. Eles estavam armados tudo aqui dentro de casa. Uns par deles, nem sei quantos policiais vieram”.

“Derrubaram tudo. Entrou dentro do quarto lá, quebraram tudo, derrubaram caixa de som, quebrou os móveis das minhas filhas do outro quarto lá, ela estava com o namorado. Ela veio tudo com uma roupa de dormir. Na hora que eles chegaram aqui, viram que ela não estava com uma roupa decente para eles ficarem aqui, aí eles mandaram a minha esposa ir buscar uma roupa pra ela”.

Os policiais perceberam que o local da operação estava errado apenas ao final das buscas na propriedade. “Ele [o policial] disse assim pra mim: ‘será que eu vim no sítio errado?’. Eu disse: atrás do que vocês vieram, eu acho que está errado, porque aqui vocês não vão achar’. No documento, estava outro nome, que não tem nada a ver comigo, nem endereço”.

O que diz a Polícia Civil

Polícia Civil através da Delegacia de Investigações Gerais de Limeira (SP), emitiu uma NOTA DE ESCLARECIMENTO na tarde desta quinta-feira (1º), sobre ocorrência envolvendo cumprimento de mandado de busca e apreensão na zona rural de Araras (SP).

De acordo com a nota, as informações divulgadas pela imprensa sobre invasão a imóvel errado em um sítio por equipes da DIG não correspondem a realidade. No dia 29 de janeiro de 2024 policiais cumpriram mandado de busca e apreensão em uma chácara identificada em relatório de investigações, com indicação de longitude e latitude, foto do imóvel e imagem de satélite.

O relatório de investigação trazia informações verossimeis sobre a prática de delitos graves e por esta razão a autoridade policial representou junto ao Poder Judiciário, por mandado de busca e apreensão, conforme exigência do ordenamento jurídico vigente.
Ainda segundo a nota, o responsável pela chácara era o alvo da ação legal.

No local as equipes, em estrito cumprimento de dever legal, informaram que estavam ali para cumprir um mandado tendo, todavia, que controlar o ambiente, para garantir a segurança dos administrados e da própria equipe policial, eis que a investigação versa sobre armazenamento de armas que são cedidas para prática de delitos graves, incluindo roubos.

Todos os ambientes do imóvel e do bar eram extremamente desorganizados e insalubres. Os guardas roupas tinham em seu interior roupas desorganizadas. Para cumprir as buscas, imprescindível foi mover colchões e vasculhar os ambientes.

Segundo o delegado Leonardo de Oliveira, nenhuma porta, mobiliário ou eletrônico foi danificado pelos policiais, inclusive, de acordo com o delegado, quando as equipes deixaram o local, a caixa de som, que segundo o investigado foi danificada, estava no interior do bar e ál permaneceu integra, sendo certo que, possivelmente por orientação escusa, opróprio investigado a danificou, criando factóides para embaraçar a investigação que pesa sobre si.

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