Militar também é acusado de tentar matar a facadas a filha da locatária. Motivo seriam desavenças e a entrada dela no imóvel para capinar.

A Justiça de Limeira (SP) agendou para o dia 22 de outubro de 2025 o julgamento do policial militar Wilson Alves de Menezes, acusado de matar a facadas Marizete Fernandes do Nascimento, de 55 anos, e de tentar matar a filha dela, durante um desentendimento ocorrido no dia 29 de abril deste ano.
Marizete era proprietária da chácara localizada no Condomínio dos Tucanos, na Estrada Alcídia Scomparim, onde o PM morava como inquilino. Segundo a investigação, a vítima foi morta após uma discussão com o policial, iniciada quando ela foi até o local para capinar o terreno, atividade que, segundo familiares, o inquilino se recusava a fazer.
Crime e tentativa de homicídio
De acordo com relatos prestados à Polícia Civil, a discussão teve início no período da tarde, por volta das 17h52, quando Marizete retornou ao imóvel para concluir o serviço de capinagem iniciado pela manhã, acompanhada da filha. Em depoimento, a filha contou que o PM se armou com uma enxada e uma faca, e partiu para cima das duas.
Marizete foi atingida nas costas e no abdômen e morreu ainda no local. Sua filha sofreu ferimentos na região do tórax e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A Polícia Militar encontrou o acusado na própria chácara, onde ele se entregou.
No local do crime foram apreendidos uma faca com vestígios de sangue e um pedaço de madeira com aproximadamente um metro, que teriam sido utilizados na agressão. Em depoimento, Wilson alegou que foi agredido com uma enxada e agiu em legítima defesa.
Histórico de conflitos
Segundo a Polícia Civil, o policial militar e Marizete tinham um histórico de desentendimentos. Familiares da vítima informaram que, nos oito meses anteriores ao crime, ela já havia solicitado que Wilson deixasse o imóvel alugado, mas ele teria se recusado. Também há registros de que ela pedia constantemente para que ele mantivesse o quintal limpo, o que não era atendido.
No dia do crime, Marizete esteve pela manhã no local com a filha para capinar o mato, e ambas retornaram no fim da tarde para terminar o trabalho, momento em que ocorreu a tragédia.
O policial está preso preventivamente desde o dia do crime e responderá no júri popular por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. A expectativa é de que o caso tenha grande repercussão no tribunal, devido à brutalidade do crime e ao fato de o acusado integrar a corporação militar.
