Operação da Polícia Federal cumpre mandado em empresa de construção civil de fachada em Rio Claro, SP

Ainda não há informações sobre o que foi apreendido e endereço do outro mandado. Operação ‘Torre Eiffel’ contra o tráfico e lavagem de dinheiro foi realizada em 3 estados.

A operação da Polícia Federal ‘Torre Eiffel’ contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Rio Claro (SP), nesta terça-feira (28).

Um dos mandados em Rio Claro foi cumprido em uma empresa de construção civil que, segundo a PF, é uma empresa de fachada. O bairro não foi divulgado.

Ainda não há informações sobre o que foi apreendido no local e o endereço do outro mandado.

Também foram cumpridos mandados em Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Piracicaba. A operação apreendeu armas de fogo, além de materiais para embalo e preparo de drogas.

Ao todo, 200 policiais participam da operação, que também acontece em Minas Gerais e Santa Catarina. Foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, 4 de prisão temporária e 11 de prisão preventiva expedidas pela Justiça Federal de Santa Fé do Sul.

A Operação Torre Eiffel tem como objetivo, de acordo com a Polícia Federal, desarticular uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em várias cidades do interior de São Paulo.

Durante as investigações, a Polícia Federal identificou um grande esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que tinha como base o município de Santa Fé do Sul, mas repercutia em outras cidades do interior paulista.

De acordo com as investigações, a cidade de Americana estaria entre as que faziam parte do núcleo de distribuição de drogas.

A PF estima que, somente nos últimos dois anos, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 50 milhões em transações financeiras, mobiliárias e imobiliárias relacionadas ao tráfico de drogas, utilizando contas de empresas adquiridas pelo líder do grupo, bem como em contas de “laranjas” da organização criminosa na compra e venda de bens móveis e imóveis.

Dentre as formas de lavar o dinheiro do tráfico de drogas, foram identificadas movimentações financeiras relacionadas a centros de beleza e estética, hotéis, concessionárias de revenda de veículos, empresas de mototáxis, açougue, supermercado, compra e venda de bens móveis, imóveis, entre eles uma cobertura no litoral, jet-skis, lanchas, joias, veículos de luxo e até mesmo o patrocínio de um time de futebol da região de Americana.

Entre os presos na operação está a esposa do líder do grupo, que é advogada. A polícia acredita que ela utilizava a profissão para atender aos interesses do marido e da organização criminosa, principalmente relacionadas a alguns detentos vinculados ao grupo, que estão no sistema prisional paulista.

Os presos vão responder por vários crimes relacionados ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com penas máximas de até 30 anos de reclusão. Os presos serão conduzidos para unidades prisionais da região em que foram detidos.

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