“Estamos cumprindo uma decisão judicial. Se não seguirmos, o risco é ainda maior, e o servidor pode até ter que devolver valores recebidos”, afirmou.

Uma decisão judicial provocou uma verdadeira reviravolta entre os servidores públicos de Araras: o prêmio de assiduidade, incorporado aos salários ao longo dos anos, foi considerado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e deve ser cortado imediatamente. A ordem atinge diretamente o bolso de centenas de funcionários municipais e causou indignação generalizada.
Durante entrevista ao site Repórter Beto Ribeiro, o prefeito Irineu Maretto esclareceu que a medida não foi tomada por vontade própria, mas sim para cumprir determinação da Justiça.
Ele destacou que o problema se originou em administrações anteriores, que permitiram a incorporação irregular do benefício. “Não fui eu quem causou o problema. Estamos cumprindo uma decisão judicial. Se não seguirmos, o risco é ainda maior, e o servidor pode até ter que devolver valores recebidos”, afirmou Irineu.
A decisão gerou um clima de tensão entre os servidores, com mensagens circulando em grupos de WhatsApp, críticas e sugestões direcionadas ao Executivo. “Tem gente achando que pode mandar mensagem dizendo o que fazer, como se fosse só uma questão de escolha. Não é. É ordem judicial, temos que cumprir”, reforçou o prefeito.
Irineu também fez um alerta sobre o comportamento de algumas pessoas que, segundo ele, estão usando a situação para fazer politicagem dentro do sindicato dos servidores. “O sindicato tem sido responsável, está tratando com seriedade. Mas tem quem queira se aproveitar da situação para tentar derrubar a atual diretoria e se lançar como candidato à presidência da entidade”, disparou.
A Prefeitura e o sindicato continuam buscando alternativas legais para reduzir os impactos da decisão sobre os servidores, mas o clima é de apreensão e incerteza.
