Produtores rurais reclamam de estrada sem manutenção com atoleiros e valetas em Araras, SP

Chegada de suprimentos e saída de produção são prejudicados por causa das más condições da estrada municipal Luiz Segundo D’Alessandri. Prefeitura diz que faz manutenção regularmente.

Agricultores de Araras (SP) estão tendo prejuízos por conta da condição da estrada municipal Luiz Segundo D’Alessandri, que liga o município a Conchal (SP).

Segundo os usuários, há mais de cinco anos a via está em péssimas condições, com buracos, atoleiros e erosão que causou valas que chegam a quase dois metros de altura nas laterais, fatores que tornam a estrada perigosa.

A Prefeitura Municipal informou que coloca cascalho e faz o nivelamento na estrada regularmente, além de construir caixas para coletar água da chuva, mas que não consegue realizar trabalho com as máquinas em dias chuvosos.

Problemas

Um problema constante são os atoleiros. “Quando chove é muito buraco e lama e quando está seco é muita dificuldade por causa da areia e chega a encalhar também”, contou o produtor Admilson dos Santos.

O advogado e produtor rural Kleber Aparecido Luzetti confirma: “Eu tenho um cabo de aço na caminhonete e com muita frequência eu socorro o pessoal nesse trecho, seja na chuva, no pós-chuva ou no período de sol.”

Já houve casos de apenas um trator não ser o suficiente para desatolar os veículos e ser preciso reforço de outras máquinas para tirar caminhões que afundam na estrada.

Por conta do problema, suprimentos demoram a chegar às propriedades da região e até nem são entregues, prejudicando a produtividade. “A gente começou a estocar bem porque senão não chega alimento para o animal. Já chegamos a ficar dois dias sem [alimento], é um transtorno”, afirmou o trabalhador rural Luís Gustavo Pedroni.

Assim como há dificuldade para chegar suprimentos, há problemas para escoar a produção, o que tem causado prejuízo aos produtores. Admilson já perdeu parte do seu investimento na lavoura de mandioca. “A mandioca perde a qualidade se ficar muito tempo no caminhão, ela começa a escurecer e na hora de vender não tem o mesmo preço”, afirmou.

Os moradores da zona rural também são prejudicados. O transporte escolar não é regular por conta das condições da estrada, o que faz com que as crianças percam aulas. Os filhos da dona de casa Solange de Moraes já tiveram problemas pelo excesso de faltas e chegara a perder provas. “O motorista liga e diz que está parado no meio do caminho e a gente não tem condição de ir lá encontrar com ele”, afirmou.

Além do perigo de atolar, há o risco de cair em uma das imensas valetas que estão à beira da estrada que, em alguns pontos, chegam a quase dois metros de altura, podendo causar acidentes graves. As erosões que provocam essas valetas têm estreitado a pista, tornando o caminho inseguro.

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