A transportadora estava se recusando a pagar o deslocamento segundo a tabela da ANTT e a pagar a estadia de horas aguardando descarga, conforme determina a lei 11.442/07.
Na manhã do último sábado (30), o site Repórter Beto Ribeiro recebeu o relato dos caminhoneiros Ricardo Valentin Correa e José Pedro Vieira, ambos residentes em Araras (SP), que expuseram uma situação angustiante vivenciada durante uma entrega de produtos de PVC da empresa TIGRE, sediada em Rio Claro (SP), até Ribas do Rio Pardo (MS).
Os caminhoneiros, ao chegarem ao destino indicado na nota fiscal, foram surpreendidos com a informação de que a descarga não ocorreria ali, mas sim em Campo Grande (MS). Além disso, a transportadora se recusou a arcar com os custos do deslocamento, conforme estabelecido pela tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), bem como não pagou pela estadia durante o tempo de espera pela descarga, desrespeitando a lei 11.442/07.
Diante dessa situação, os caminhões permaneceram parados por seis dias, enquanto os motoristas aguardavam por uma solução. Até o fechamento desta matéria, a equipe do Repórter Beto Ribeiro não havia conseguido contatar a empresa responsável pelas cargas ou localizar seus representantes.
Atualização:
Na tarde desta segunda-feira (1º), Ricardo Valentin Correa entrou em contato com nossa equipe para informar que a empresa responsável pela carga cedeu após a passagem do feriado regularizou a situação. Conforme relatado, a transportadora concordou em pagar o deslocamento de acordo com a tabela estabelecida pela ANTT e também custeou a estadia dos caminhoneiros, conforme previsto na lei 13.103 de 2015.
Essa atualização evidencia a importância da mobilização e da denúncia pública em situações que envolvem o descumprimento de acordos e direitos dos trabalhadores do transporte rodoviário de cargas.
