Essas práticas não apenas violam os direitos individuais e a dignidade dos calouros, mas também perpetuam uma cultura de abuso e humilhação que pode ter efeitos profundos e duradouros na vida dos estudantes.
Ameaças, segregação, humilhações: denúncias de uma tradição imposta por veteranos aos calouros do curso de medicina.
Estudantes da Universidade Santo Amaro (UNISA) produziram cenas de nudez durante uma partida de vôlei no Calomed, disputa de jogos entre alunos das faculdades de medicina do estado de São Paulo.
O caso ganhou repercussão após vídeos de abril viralizarem no último domingo (17). O que a cultura de abusos nas universidades e o caso têm em comum? O que está por trás das cenas de nudez que viralizaram?
De acordo com a socióloga Miqueli Michetti, o trote é um momento de reafirmação da hierarquia. “No Brasil, o trote é um momento de reafirmação da hierarquia, de recolocação das posições, de dizer quem que manda, quem pode, obedece quem, que vale mais, quem vale menos”, afirma Michetti.
Essas práticas não apenas violam os direitos individuais e a dignidade dos calouros, mas também perpetuam uma cultura de abuso e humilhação que pode ter efeitos profundos e duradouros na vida dos estudantes.
É fundamental que as instituições de ensino reavaliem e reestruturem os rituais de recepção aos caloros, promovendo uma cultura de respeito, igualdade e empatia, que possam garantir um ambiente acadêmico seguro e propício ao desenvolvimento pleno e saudável de todos os estudantes.
