A crise no transporte público teve origem na falta de pagamento à empresa Expresso Auto Bus, que reduziu significativamente o número de ônibus em operação.
Uma diarista de 49 anos perdeu seu emprego devido aos constantes atrasos dos ônibus na cidade de Araras, SP. Ela relatou à nossa reportagem que, por três semanas consecutivas, chegou com mais de duas horas de atraso ao trabalho. Na última terça-feira (26), foi dispensada de suas funções. Infelizmente, essa não é uma situação isolada, e outros moradores também enfrentam problemas semelhantes.
A crise no transporte público teve origem na falta de pagamento à empresa Expresso Auto Bus, que reduziu significativamente o número de ônibus em operação. A dívida acumulada da prefeitura com a empresa ultrapassou R$ 9 milhões, o que levou à drástica diminuição da frota e consequentemente ao atraso dos cronogramas.
Em uma tentativa de resolver a situação, a prefeitura realizou um pagamento emergencial de R$ 780 mil à Expresso Auto Bus. Com essa medida, a empresa voltou a operar com 100% de sua frota, o que deve normalizar os horários dos ônibus e aliviar os transtornos enfrentados pela população.
A diarista, que pediu para não ser identificada, destacou a dificuldade de depender de um transporte público instável. “Eu sempre saía de casa com antecedência, mas os atrasos eram constantes. Minha patroa não teve escolha a não ser me dispensar. Agora estou sem emprego e preocupado com o futuro”, disse ela.