Grazielly seguia com o companheiro para encontro que reuniu 200 motos em Campinas, mas casal bateu atrás de carreta. Vitor morreu no local, e vendedora, de 19 anos, passou por três cirurgias no período.

Depois de 23 dias de internação, a vendedora Grazielly dos Santos Alves, de 19 anos, recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira (14), em Campinas (SP). Moradora de Jaguariúna (SP), a jovem sofreu um acidente a caminho do “rolezinho noturno” com 200 motos que terminou em com três mortes e 27 feridos na Rodovia Santos Dumont (SP–075), em 22 de julho.
Na companhia do marido, Vitor Gabriel, de 20 anos, a jovem seguia para o evento com um grupo de 20 motos, que havia se reunido em Jaguariúna. Segundo ela, o companheiro sempre participava desses eventos. O casal, entretanto, se envolveu em um acidente por volta da meia-noite daquele dia.
A moto em que estavam bateu na traseira de uma carreta – segundo a polícia, o motorista fugiu do local. Vitor morreu no local, e Grazielly foi socorrida e levada ao Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.
“Nosso acidente aconteceu antes do pedágio de Campinas. Tinha várias motos indo junto. Teve ponto de encontro. Até onde eu me lembro, umas 15, 20 motos. Sentia que ele (Vitor) estava correndo um pouco, sim. Os policiais disseram que o caminhão trocou de faixa. Ele não conseguir desviar, e pegou de cheio”, contou a jovem.
Grazielly sofreu fratura exposta na perna esquerda, uma compressão na medula e precisou passar por três cirurgias. Ela deixa o hospital com sérias limitações de movimentos dos braços. Segundo os médicos, há um longo caminho, que inclui sessões de fisioterapira, para que a jovem se recupere aos poucos.
“[É preciso] Ter consciência de dirigir consciente. Dirigir pensando que uma moto e a velocidade não vai te levar a lugar nenhum. O único lugar que vai te levar ou é a morte ou ficar na cama para o resto da vida. Graças a Deus eu tô me recuperando, tô me levantando, com muita força, muita garra, mas só eu sei o sofrimento de tudo aquilo que vai ficar”, disse.
Em sua primeira entrevista após o acidente, a vendedora de 19 anos contou ainda que a “ficha pela perda do marido ainda não caiu”.
“Eu não tive meu luto, eu não tenho meu luto, por que eu tenho que ficar forte para mim o tempo inteiro. O meu luto vai demorar bastante tempo para vir, para minha ficha cair. Perdi a pessoa que eu mais amava”, completou.
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